segunda-feira, 3 de março de 2008

... uma simples homenagem

Arquitecto carioca, conhecido e reconhecido a nível mundial, nasceu a 15 de dezembro de 1907. Já com 100 anos, é o arquitecto mais velho, no mundo, ainda em exercício.
Eu, como estudei sua vida e obra, em aulas de história de arte, posso dizer que é, não apenas, um arquitecto, como também um artista notável. E desde já quero prestar-lhe aqui a minha homenagem, e ao mesmo tempo dar-lhe os meus parabéns pelo seu centenário.
No brasil, seu nome estará sempre associado à sua capital, brasília, com vários edifícios da sua autoria. Mas suas obras estão espalhadas por todo o mundo, com um estilo inconfundivel, que lhe valeu o título de rei das curvas. É ele, Oscar Niemeyer
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1 comentário:

Anónimo disse...

OSCAR NIEMEYER, 100 anos bem vividos.

O homem que costuma repetir que a arquitetura não é importante, mas sim a vida, completa cem anos! Cem anos de vida intensa e repleta de realizações. Como arquiteto, soube aproveitar a vida e cada oportunidade que ela lhe ofereceu. Como homem, buscou manter sua ideologia, sua coerência, sua boemia.
Certamente não terá sido fácil ser Oscar Niemeyer!

No campo da arquitetura e do urbanismo fez de tudo – no Brasil e no resto do mundo! Esteve presente nos mais significativos momentos da arquitetura nacional: de estagiário no escritório de Lucio Costa, foi alçado à equipe que desenvolveu o pioneiro Ministério da Educação e Saúde; ainda com Lucio, projetou o Pavilhão Brasileiro da Feira Internacional de Nova Iorque, de 1939; sob o olhar atento do mestre, alçou carreira solo de abrangência nacional com o Grande Hotel de Ouro Preto; para o então prefeito Juscelino Kubitschek, desenhou as jóias da Pampulha de Belo Horizonte; com Le Corbusier, riscou a Sede da ONU em NY; e, novamente para Juscelino, preencheu de bela arquitetura a capital inventada por Lucio.
Que vida!

Para Brasília projetou o Alvorada, o Congresso Nacional, o Itamaraty, a Catedral, o Instituto Central de Ciências da UnB, entre outros belos edifícios.

Oscar poderia ter parado com Brasília. Se o fizesse, certamente já estaria entre os maiores artistas de todos os tempos. Mas não o fez, e continuou trabalhando muito e trilhando os caminhos de sua arquitetura e de seu contraditório país. Projetou mais do que todos! Bateu muitos recordes, envolveu-se em muitas histórias, esteve no centro de inúmeras polêmicas e fez arquiteturas variadas.

Sempre projetando e nos surpreendendo com suas formas inusitadas, Oscar Niemeyer acabou por contribuir para o mito de que fazer arquitetura é coisa fácil, é coisa para poucos, é coisa de gênio. E todos sabemos que não é!

Oscar Niemeyer sempre soube que a profissão é coisa séria e que fazer boa arquitetura exige conhecimento, dedicação e muito trabalho. E certamente, em função disso, ele passou sua vida trabalhando. Viveu cem anos entre amigos e projetos. Viveu cem anos mergulhado em um processo particular de criação. Muitas vezes tendo que se autoconvencer de que a vida é mais importante.
Aos cem anos, Oscar é vítima do mito que ajudou a criar. Ainda hoje queremos que ele nos surpreenda cada vez mais. A vida necessita disso para continuar a ser bela!

Andrey Rosenthal Schlee
Diretor da FAU UnB