quinta-feira, 17 de julho de 2008

... a ria



ria de Aveiro
não podes secar
deixa-me primeiro
atravessar.
sei que alguém
me espera na outra margem
sei que vem
não é apenas uma miragem.

deixa-me nadar
até ao meu destino
não me permitas afogar
a meio do caminho.
pois sei que alguém me espera
e, quem me dera,
que sejas tu que não esqueço
tu por quem não esmoreço.

que o sol não te faça desaparecer,
que a lua não te leve para longe de mim,
que o nevoeiro não me impeça de te ver,
que a chuva pare de cair, enfim.

que a gente se encontre a meio da ria,
que o nosso calor aqueça a água fria,
mostremos a todo o mundo que nos amamos,
enquanto a meio da ria dançamos.

(autor desconhecido)