terça-feira, 1 de abril de 2008

... de que tens medo?

Muitos são aqueles que afirmam nada temer... Uns até criticam os medos sentidos por outros... Mas no fundo no fundo, todos sabemos que temos vários medos ou receios, seja medo de uma aranha ou de uma cobra, medo do escuro ou de um lugar fechado, medo de algo correr mal, medo de estar só ou medo da multidão, medo de sentir dor ou até da própria morte. Será que é bom ou mau, ter medo?
Desta vez, decidi não desenvolver muito o tema em causa, como tenho feito com outros, deixando assim este "post" ou mensagem, aberto a todos os que queiram definir o medo, por tuas próprias palavras. Se preferires, podes ainda falar sobre algum dos teus medos, e assim, todos juntos, aprendermos um pouco mais sobre uma coisa que não deixa de ser interessante ultrapassar...

10 comentários:

Anónimo disse...

Não diria eu que desta vez o amigo Ricardo acertou em cheio na escolha do tema. Diria sim que foi muito feliz na maneira de apresentar, de colocar, de expor tal tema permitindo uma abertura maior e mais pessoal de nossos comentários.
Todas suas matérias são interessantíssimas, sem desmerecer nada de qualquer conteúdo deste blogue apenas estou ressaltando a oportunidade que nos está sendo dada em falar de nossos próprios medos.
Aproveitando a brecha gostaria de falar de um medo que me aflige muito. Sou mãe de um menino lindo de quase 11 anos de idade e admito que o meu maior medo seja com relação ao futuro, uma vez que este é imprevisível e incerto. O mundo me põe medo. Entendo que a família é a base, o alicerce da sociedade e que, se os filhos recebem uma boa educação, crescem num ambiente de paz, de harmonia, de diálogo, eles têm tudo pra se tornar um adulto feliz e do bem. Mas sei também que o ser humano é um ser social, e que as transformações, as inovações, as companhias, principalmente as companhias podem interferir nas atitudes e comportamentos das pessoas principalmente em se tratando de filhos na adolescência ou pré-adolescência.
Ainda quando grávida lembro que costuma bater longos papos com meu filho Victor Mateus; falava-lhe que ele seria um bom filho, bom neto, bom aluno, bom isso, bom aquilo.... Essas coisas de mãe... E ele é realmente maravilhoso, um filho maravilhoso; sempre nos dando orgulho em tudo o que faz e sempre se destacando naquilo que se propõe a fazer. Hoje sei que tenho controle dele pois vivemos na mesma casa, embora cada um com suas obrigações sempre sabemos um do outro. Sei que com o passar do tempo muita coisa irá mudar. Daqui uns dias ele será não apenas meu e do papai, mas também dos amigos, das namoradas. Chegará um momento em que levantará vôo.

Não sou a melhor mãe do mundo, mas sofro com o que o mundo pode proporcionar ao meu filho. Basta ligar o rádio, a TV, basta olhar pra fora da janela pra sentir e ouvir as desgraças que correm soltas: as drogas, a ganância, as guerras, as doenças ainda incuráveis, os acidentes de transito entre tantas outras.
O que me fortalece é minha crença no patrão celestial. Costumo entregar as pessoas que amo para que Ele cuide, tome conta, mas como ser humano que sou, tenho defeitos e um deles é meu egoísmo, meu egocentrismo de não querer dividir, de não querer fica sem. No mesmo instante em que entrego a Deus os meus, gostaria de tê-los pra sempre junto a mim. Dizem que para quem crê nenhuma palavra é necessária, mas para o incrédulo toda explicação é inválida. Meu Deus sabe o quanto confio nele, mas sabe também das maldades das pessoas e como ninguém é uma ilha, é impossível viver sozinho.

Anónimo disse...

Nossa mente é um centro de emoções como os afetos, os prazeres, os ódios, a inveja, a alegria, o sofrimento, e toda sorte de sentimentos que podemos ter como humanos que somos. Todo o tempo buscamos nos afirmar, estamos o tempo todo em conflito, em luta e dor, entre o que somos e o que deveríamos ser. Precisamos parar e perceber esse movimento de nossa mente, que é um movimento em direção ao aprisionamento. Sempre que temos a definição pré concebida, estamos nos aprisionando e impedindo o livre caminho de nossas vidas.
O medo é nosso maior inimigo nesse processo de libertação, pois quando sentimos medo, nossa mente constrói inúmeras teorias baseadas naquilo que conhecemos, ou seja, no que está registrado por nossa memória. Dessa forma, através dessas teorias construídas pelo medo, nossa mente se realimenta e nos aprisionamos mais e mais naquilo que conhecemos e estamos condicionados.
Contudo o medo tem um lado positivo em nossa vida, pois através dele podemos medir nossa capacidade de vencer desafios, obstáculos, pois na verdade a vida é feita disso, de desafios,e só aprendemos a viver quando arriscamos.
Superar meus medos que não são poucos, esse é o meu grande desafio, estou lutando por isso a cada dia.
Bjs...

Anónimo disse...

Todos sabemos que o medo é uma reação protetora e saudável do ser humano. O medo "normal" vem de estímulos reais de ameaça à vida. A cada situação nova, inesperada, que representa um perigo, surge o medo. Mas e quando tudo tem causado medo e não conseguimos agir?
Todo mundo teme algo - assaltos, aviões, doenças, dentistas, solidão, entre outros. Claro que a intensidade do medo será intensificada pelo histórico de vida de cada um. Portanto, diante de nossos pavores, só nos restam duas alternativas: lutar ou fugir.
Em princípio, lutar pode ser uma reação positiva. Isso não quer dizer que fugir seja uma reação negativa. Tudo depende da situação, é preciso reconhecer os próprios limites. Quando há uma situação de ameaça real a sua vida, o medo não é uma reação patológica, mas de proteção e autopreservação.
O mesmo não acontece quando estamos sob o domínio do pânico e o medo passa a tomar conta de nossa consciência. Quando em pânico a pessoa nem foge nem enfrenta, mas fica paralisada e sem controle. Nesses casos, deve-se buscar a origem para conseguir agir.
Situações reais de perigo exigem discernimento, mas o medo irracional, sem causa real, deve ser enfrentado. Nosso inconsciente não diferencia fantasia de realidade. Por isso, ficar pensando em todas as vezes que não conseguiu, ou ainda, que nem adianta começar, baseando-se nas experiências anteriores negativas, sua mente irá reagir de acordo com esse pensamento, pois o medo nasce da associação que nossa mente estabelece com essas experiências, sem discernir que não ocorrerão mais. Sua mente não sabe distinguir o que é passado e presente. Realidade e fantasia. E se esse seu pensamento continua presente, sua mente irá acreditar nele como real.
Além dos perigos iminentes e reais, nossos temores podem aparecer por causa das associações que fazemos ao longo da vida. Por exemplo, uma criança que teve sua casa destruída durante uma tempestade pode sentir-se ameaçada por uma tragédia toda vez que chover intensamente. Querendo ou não, sua mente fará essa relação. Ou pessoas que passaram por muitas privações quando crianças. Que não tinham o que comer, ou "brigavam" pela comida com irmãos, podem desenvolver uma tendência a comer exageradamente, como se sentissem, ainda que inconscientemente, medo de passarem fome novamente. Ou para buscarem compensar aquilo que não tiveram.
Isso pode ocorrer. Nossa mente inconsciente é atemporal: não tem passado, futuro. É como se tudo estivesse sendo vivenciado no momento presente. Não há discernimento do que aconteceu, o passado e o presente se misturam. O medo de que não vai conseguir é muito comum e acaba interferindo diretamente na auto-estima e amor-próprio, além da autoconfiança. Uma pessoa que não age por medo de não conseguir, não acredita em sua capacidade e, assim, está perdendo também a oportunidade de reverter todo esse quadro.
Pode ainda haver o medo de aumentar mais o peso e assim ter problemas de saúde, sobrecarregar os órgãos, medo por motivos concretos e que podem estimular muitos a mudarem seus hábitos em busca de uma melhor qualidade de vida. Se você consegue ao menos pensar que pode enfrentar a situação, já é um progresso. Mas, e quando nada conseguimos fazer a não ser sentir medo?
Quando alguém diz que não consegue, que vai desistir porque sabe que não irá conseguir, geralmente são pessoas que estão com a auto-estima muito baixa e amando-se muito pouco. Ou não se sentem capazes de cuidar de si mesmas. Querem fórmulas mágicas, resultados imediatos. Querem o impossível, assim fica mais fácil justificarem para si mesmas que irão desistir por medo.
Procure descobrir o que o medo simboliza para você. O que ele representa. Pois, quanto mais o negamos, mais poderoso ele se torna. Explore seu medo, descubra o que está por trás dele. Se tiver dificuldade em fazer isso, busque ajuda profissional. A pessoa mais prejudicada nesse processo todo é você mesma. Por isso, arregace as mangas e trabalhe contra tudo isso, sem pensar em desistir. Afinal, ou o medo te controla ou você controla ele. Qual você prefere?

Hoje a mais impaciente das minhas pacientes passou em meu consultorio para uma sessão de analise e deixou este blog gravado nos meus favoritos, resolvi visitar e deixar um texto.

Anónimo disse...

Eu tenho muito medo de barata porque será?

Anónimo disse...

Oi Mirela você não sabe? compre um cassete pra se defender, vou dá uma cassetada na sua barata, vou dá uma cassetada na sua barata!!!hehehehe
Se não sabes falar algo interessante melhor ficar calada, bjs.

Anónimo disse...

"O medo nunca matou ninguem..."
Se continuares com medo das baratas, elas também nunca te farão mal algum, amiga.

Anónimo disse...

Temia sentir saudades dos comentários do Raul, mas ele retornou. Isso é bom!!

Mirela, vou te confessar um segredinho, que fique entre eu e vc: "Morro de medo de rato". Com a vantagem de ser um medo passageiro, repentino.

Outro dia me deparei com um, daqueles camundongos. Eis que estava ele a me olhar, dei um grito que foi de acordar a vizinhaça. O ratinho foi-se embora, meu coração deu uma acelerada... depois ficou tudo bem. Não muito bem para o lado do rato porque imediatamente providenciei uma comidinha especial pra ele.

Obs: To adorando este tenha.

Abraços a todos!

Anónimo disse...

Porque sera que todo mundo gosta de cuidar da vida dos outros? tenho horror de gente assim.....se tenho medo de barata o problema é meu!!!!

Anónimo disse...

nao se deve ter medo de assumir que algo nos provoca arrepios de ficarmos paralizados, nem ninguem deve tecer criticas, por vezes quem mais critica tambem os tem, ou sera que estou errada?

Unknown disse...

Eu morro de medo de amar...
sabe como é né? A verdadeé que quem ama fica vulnerável... entregue ao seu ente amdo ... perde a noção e eu morro de medo de ficar assim então eu sempre fugi.. saio em disparada sem olhar pra trás .. morrendo de medo de amar de verdade e não conseguir evitar ... Pobre criatura sou eu ... vivo buscando o amor e fugindo dele ...


Cherly - Brasil