"Gaivota!
És perfeita quando voas
Rasante as asas estendidas sobre os mares
Passas devagar cortando com pureza os céus.
O teu grito, parece que carrega uma saudade.
Talvez recordes outras pátrias,
Outras eras, outras pedras, outros mares,
Mas nas linhas transparentes de tuas asas
Cantam acordes de leveza breve
Quando livre vagueias pelo azul.
Ao te ver assim em liberdade
Sinto-me pequena, limitada,
Ao cárcere do corpo aprisionada
E tenho ânsias de partir pela amplidão.
Ah! Se eu pudesse voar com tuas asas
Plagas distantes então visitaria
Na curva azul do céu me perderia
Entoando meu canto de saudade.
E longe das tristezas desta terra
Pelos espaços da manhã marinha
As fronteiras do mundo atravessando
Mais uma gaivota contaria
E entre todas a mais feliz seria."
2 comentários:
Voa gaivota, voa
Mergulha na brisa do mar
Observa a tempestade que se vai
As nuvens negras da saudade
Sê testemunha do arco-íris
Do brilho estonteante do sol
Da serena quietude do mar
Da metamorfose primaveril
Sê testemunha das lágrimas que secaram
Do acordar renascido do meu ser
Do vibrar do meu coração
Do galopar premente do meu corpo
Do renascer de uma nova sensação.
Sê testemunha de um novo amanhecer.
( autora Liliana Maciel)
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